Associação de Professores de História
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Vê aqui uma apresentação (em espanhol) sobre a história do Museu do Prado.
Situado no centro da cidade de Madrid, o Museu do Prado constitui em si mesmo, desde 1819, o núcleo de um âmbito artístico muito amplo, que abarca as obras de mestres de todo mundo.
O museu articula-se em duas sedes, muito próximas entre si: o Edifício Villanueva (o mais emblemático), situado no Passeio do Prado, e o Casón do Bom Retiro.
Nas diferentes salas, o visitante do museu pode encontrar não só excecionais exemplos da obra pictórica de autores espanhóis (Goya, Velázquez, Zurbarán...), como também obras de grandes mestres de outras escolas (Tiziano, Rubens ou O Bosco, por exemplo), bem como mostras de esculturas de grande qualidade e outras expressões artísticas.
Francisco de Goya, Os fuzilamentos de 3 de maio na montanha do príncipe Pio, 1746-1828
A primeira ideia de criar um museu em Madrid foi-lhe sugerida a Carlos III por seu pintor de câmara e conselheiro em temas artísticos Antón Rafael Mengs. Mas o desejo do pintor não passou de sugestão, ao não o fazer seu o monarca.
A ideia avançou no reinado de Fernando VII, que soube prestar ouvidos às petições da Real Academia de Belas Artes e ao especial interesse que pôs no projecto sua segunda esposa María Isabel de Bragançaa, à que o Museu quis considerar sempre como sua fundadora. Lamentavelmente a rainha morreu sem poder ver a inauguraçãoo do que se chamou Museu Real de Pintura e Escultura, que teve lugar o 19 de novembro de 1819.
Os monarcas espanhóis, especialmente Carlos V, Filipe II e Felipe IV, foram grandes colecionistas de arte. As primeiras obras expostas no Museu foram as pertencentes às Coleções Reais dos séculos XVI, XVII, XVIII e princípios do século XIX. Em 1872 integraram-se no Prado os fundos do Museu da Trinidad.
As doações e aquisições posteriores enriqueceram os fundos do museu, que hoje compreende umas 8.600 pinturas, mais de 5.000 desenhos, 2.000 gravados, 700 esculturas e vários fragmentos escultóricos, cerca de 1.000 moedas e medalhas, e quase 2.000 peças de arte decorativas.
O museu conta com importantes coleções de Pintura espanhola (1100-1850), expondo-se desde murais góticos até algumas das obras mais representativas de Velázquez, O Greco, Murillo ou Goya. A colecção de Pintura italiana abarca desde o primeiro Renascimento até o século XVIII, destacando as obras de Rafael e da escola veneziana (Tiziano, Tintoretto, Verónes e Bassano).
El Greco, O cavaleiro da mão no peito, 1578-1580
A colecção de Pintura flamenga conta com um conjunto importantísimo de obras do século XVIII, com quadros de Rubens, Vão Dyck e Brueghel, entre muitos outros.
Pieter Brughel, Triunfo da morte, 1562-1563
Também há que destacar a coleção de Pintura francesa (Vão Loo, Poussin, Watteau) e a colecção de Pintura alemã, reduzida em número mas de grande qualidade, contando com obras de autores como Alberto Durer, Lucas Cranach, Baldung Grien ou Anton Rafael Mengs.
Ainda que menos conhecidas que as coleções de pintura há que destacar que o Prado possui excelentes fundos de escultura, artes decorativas, desenhos e estampas. Entre estes últimos teria que destacar a extraordinária colecção de desenhos -mais de 500- de Francisco de Goya.
Fonte: Um percurso por Madrid
Monumento emblemático de Madrid, o rei Carlos III mandou construir a Porta de Alcalá em 1778, confiando o desenho e execução da obra a Sabatini, para que substituísse a antiga e deteriorada porta já existente por outra que oferecesse maior sunptuosidade aos passeios que por esta confluíam.
Situada na Praça da Independência, em pleno centro da cidade, localiza-se no começo da rua Alcalá a pouca distância da entrada principal dos Jardins do Retiro.
De estilo neoclássico, a Porta converteu-se numa obra sem precedentes em toda a arquitectura europeia do século XVIII.
Atualmente é a imagem mais conhecida e popular de Madrid, tendo-se convertido no símbolo da cidade tanto para madrilenos como para visitantes.
Para a construção da nova Porta de Alcalá foram apresentados os projetos de José de Hermosilla, Ventura Rodríguez e Francisco Sabatini. O rei decidiu que fosse este último, o encarregado de levar a cabo a obra; a sua construção foi iniciada em 1774 e concluída em 1778.
Fonte: Um percurso por Madrid
Enquanto arquiteto real, Juan de Villanueva construiu a Casita do Príncipe ou Casita de Abajo, uma das residências da família real espanhol, entre 1771 e 1775. O edifício do século XVIII está localizado no município de El Escorial, em Madrid. Outra obra desse período é a Casita do Infante no Escorial, que recebeu esse nome em homenagem ao Infante Don Gabriel de Bourbon, filho de Carlos III, e que foi construída entre 1771 e 1773. Também conhecida como Casita de Arriba, é uma pequena vila, com jardins de estilo italiano.
As caraterísticas da arquitetura de Juan de Villanueva são as linhas retas, rigor simétrico e volumes que se articulam com o limpo e o sóbrio, procurando, tal qual um Vivaldi, contrastes harmónicos e rítmicos. Ao lado de Juan de Herrera e Gaudí, o nome de Villanueva compõe uma poderosa tríade dos arquitetos mais importantes da Espanha.
Apontado como principal representante da arquitetura neoclássica espanhola da segunda metade do século XVIII, Villanueva nasceu numa família com tradição nas artes. O pai, o escultor Juan de Villanueva, foi um dos fundadores e diretores do Conselho de Educação da Academia Preparatória de São Fernando, e o irmão era o arquiteto e escritor Diego de Villanueva. Aos 11 anos, Juan de Villanueva y de Montes começou a freqüentar a Academia de Belas Artes de São Fernando. Desenhista reconhecido e de talento, aos 15 anos o jovem Villanueva recebeu o seu primeiro prémio académico e, aos 20, foi agraciado com uma bolsa de estudos académicos na Itália. Era o mês de janeiro de 1759 quando chegou à Via Condotti, em Roma, onde ficou até outubro de 1764, estudando os modelos clássicos dos mestres italianos.
Em 1765 retornou a Madrid, mas antes disso visitou Nápoles e Herculano. Fez também viagens às cidades espanholas de Córdova e Granada para desenhar as antiguidades árabes. Em 1767, Villanueva recebeu o grau de créditos académicos para arquitetura e, ao retornar a Espanha, foi nomeado arquiteto-chefe da Ordem dos Jerónimos, em Escorial, onde conheceu e foi influenciado pelo trabalho de Juan de Herrera, criador do estilo herreriano que muito influenciou a arquitetura espanhola no século XVI.
Foi graças à visão progressista do rei Carlos III que Juan de Villanueva pôde criar a sua mais importante obra, que hoje abriga o Museu Nacional do Prado, caracterizada por linhas retas, materiais sóbrios, como pedra branca e granito, e um certo despojamento no que se refere à ornamentação, ou seja, o oposto dos estilos de seus antecessores, o barroco e rococó. O ano era 1785 e o rei, iluminado e um notório incentivador do debate sobre as idéias ilustradas entre os intelectuais e artistas do reino, ordenou que Villanueva, então com 46 anos, projetasse o Museu das Ciências e História Natural, em Madri. A edificação do museu fazia parte de um projeto ambicioso de modernização da cultura e da economia da Espanha, colocando-a lado a lado das transformações que estavam ocorrendo nos países vizinhos, como França e Inglaterra.
O início da realização dessa obra catapultou Villanueva ao elenco de figuras-chave do novo desenvolvimento urbano madrilenho planejado por Carlos III, embora tenha sido somente 45 anos depois que o edifício veio a ser inaugurado, durante o reinado de Fernando VII, neto de Carlos III. Na verdade, o outro lado da história conta que foi a esposa de Fernando, a rainha Maria Isabel de Bragança, quem colocou pilha no marido para que ele mandasse construir um Museu Real, posteriormente rebatizado de Museu Real de Pintura e Escultura e, tempos depois, Museu Nacional do Prado. A inauguração ocorreu em 19 de novembro de 1819 e, por ironia, Maria Isabel não pôde estar presente, pois havia morrido.
Além do Prado, Juan de Villanueva trabalhou em muitos projetos de construção, juntamente com o também célebre arquiteto Ventura Rodríguez. É dele a histórica reforma da Praça de Maio, em Madrid. Não faltaram títulos e nomeações a Villanueva durante a sua trajetória de vida. Entre eles, Arquiteto da Ordem de Jerônimo no mosteiro do Escorial em 1768, diretor das obras do Passeio Imperial de Madrid, em 1775, arquiteto do Príncipe e Crianças em 1777 e Chefe Arquiteto e Inspetor Real de José Bonaparte, em 1809, entre tantos outros. Considerado gênio por alguns estudiosos, Juan de Villanueva atuou no campo acadêmico e, em 1785, tornou-se Diretor Honorário da Arquitetura e Diretor Executivo da Academia de Artes de São Fernando durante o triénio 1792-1795. Escreveu um livro que teve uma edição póstuma: Arte de Alvenaria (Madrid, 1827).
Fonte: Blogue História e Arquitetura
Situado junto ao monte Abantos, na Serra de Guadarrama, este monumental complexo foi mandado construir pelo rei Filipe II da Espanha para comemorar a vitória na Batalha de San Quintín, em 10 de Agosto de 1557, sobre as tropas de Henrique II, rei de França, e para servir de lugar de enterro dos restos mortais de seus pais, o Imperador Carlos I e Isabel de Portugal, assim como dos seus próprios e dos seus sucessores.
A planta do edifício, com as suas torres, recorda a forma de uma grelha, pelo que tradicionalmente se diz que se fez assim em honra a São Lourenço, martirizado em Roma no suplício da grelha e cuja festividade se celebra a 10 de Agosto, dia da Batalha de San Quintín. Daí o nome do conjunto e da localidade criada à volta deste.
Vê um vídeo sobre este monumento no site ARTEHISTORIA
As principais secções em que se pode dividir o Real Sítio são:
A biblioteca
Foi à biblioteca que Filipe II cedeu os ricos códices que possuía e para cujo enriquecimento ordenou a aquisição das bibliotecas e das obras mais exemplares tanto de Espanha como do estrangeiro. Foi projetada pelo arquitecto Juan de Herrera que, além da mesma, se ocupou do desenho das estantes que contém. Os frescos das abóbadas foram pintados por Pellegrino Tibaldi. Dotada de uma coleção de mais de 40.000 volumes de extraordinário valor, situa-se numa grande nave de 54 metros de comprimento, 9 de largura e 10 de altura, com chão de mármore e estanteada com ricas madeiras nobres primorosamente talhadas. Arias Montano elaborou o seu primeiro catálogo e selecionou algumas das obras mais importantes para a mesma. Em 1616 concede-se-lhe o privilégio de receber um exemplar de cada obra publicada embora tal nunca se tenha chegado a cumprir de forma rigorosa.
A abóbada de fecho do tecto da biblioteca está decorada com frescos representado as sete artes liberais, ou seja: Retórica, Dialética, Música, Gramática, Aritmética, Geometria e Astrologia.
Palácio de Filipe II
Formado por uma série de salas decoradas com austeridade, foi o lugar de residência do rei Filipe II. Situada junto ao altar-mor da Basílica, conta com uma janela que permitia ao rei assistir à missa deitado na cama quando estava impossibilitado por causa da gota, doença de que padecia com severidade.
Basílica de El Escorial
Precedida pelo Pátio dos Reis, verdadeiro núcleo central de todo o conjunto, em torno do qual se articulam os restantes edifícios.
Sala das Batalhas
Onde em pinturas (afrescos) se representam as principais batalhas vencidas pelos exércitos espanhóis.
Panteão dos Reis
Consta de 26 sepulcros de mármore onde repousam os restos dos reis das casas de Áustria e Bourbon, excepto Filipe V e Fernando VI, os quais elegeram La Granja de San Ildefonso e as "Salesas Reales" de Madrid respectivamente. Faltam também, os restos mortais dos Reis Amadeu I, da Casa de Sabóia, e José I, enterrados na Basílica de Superga de Turim e no Hôtel des Invalides de Paris, respectivamente.
Também repousam aqui os restos dos Reis de Espanha Don Francisco de Assis de Bourbon e de sua esposa a Rainha Dona Isabel II de Espanha. As paredes de mármore de Toledo polido estão decoradas com adornos de bronze dourado.
Os últimos restos depositados no panteão foram os do rei Afonso XIII e da sua esposa, a rainha Vitória Eugénia de Battenberg.
Toda a madeira usada no El Escorial provém da chamada Costa de Ouro de Cuba, constituída pelos antigos bosques de Sagua A Grande, no centro-norte da Ilha.
Panteão dos Infantes
Finalizada a sua construção em 1888, está destinado aos príncipes, infantes e rainhas que não tenham sido mães de monarcas. Com paredes e pavimentos de mármore branco, merece especial menção o do Infante Don João de Áustria. Actualmente estão ocupados 36 dos 60 nichos de que consta.
Salas capitulares
Destinadas atualmente a pinturas, eram as salas onde os monges celebravam os Capítulos, espécie de confissões mútuas para manter a pureza da congregação.
Pinacoteca
Formada por obras das escolas Alemã, Flamenga, Veneziana, Italiana e Espanhola, dos séculos XV, XVI e XVII.
Museu de Arquitectura
Nas suas onze salas são exibidas as ferramentas, gruas e outro material empregue na construção do monumento, assim como reproduções de planos e documentos relativos às obras, com dados muito interessantes sobre as mesmas.
Jardins dos Frades
Mandados construir por Filipe II, que era um amante da natureza, constituem um lugar ideal para o repouso e a meditação. Manuel Azaña, que estudou no colégio dos frades agostinhos deste mosteiro, cita-o nas suas Memórias e na sua obra O jardim dos frades.
Relicários
Seguindo um dos preceitos aprovados pelo Concílio de Trento referente à veneração dos santos, Filipe II dotou o Mosteiro com uma das maiores colecões de relíquias do mundo católico. A coleção compõe-se de cerca de 7.500 relíquias, que se guardam em 507 caixas ou relicários escultóricos elaborados por Juan de Herrera e a maioria construídos pelo marceneiro Juan de Arfe Villafañe.
Fonte: WIKIPEDIA
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O N.º 11 é intitulado - O Estado Novo na Europa Autoritária.
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Oito fragmentos de papel impresso que mostram uma versão totalmente desconhecida das Ordenações Manuelinas – o primeiro corpo legislativo português impresso – foram descobertos dentro de um livro do século XVI que estava a ser restaurado na Biblioteca Nacional de Portugal (BNP).
As Ordenações Manuelinas constituem o primeiro grande conjunto legislativo e normativo do Portugal Quinhentista e ao mesmo tempo que compilavam, reduziram a um único corpo o direito medieval português. Este é o nome que se dá aos três sistemas de preceitos jurídicos impressos, em cinco livros: o primeiro, de 1512-13 (teve uma reedição com correções pontuais, em 1514); o segundo sistema, posterior a 1516 e anterior a 1520 (de que apenas se conhecem fragmentos recentemente descobertos que se encontram em restauro); e o terceiro sistema, de 1521 (com quatro edições e diferentes reimpressões de cada uma delas, entre 1521 e 1603).
Naqueles fragmentos, agora encontrados, “o texto segue uma compilação totalmente diferente da do ‘primeiro sistema’ (o de 1512-1513), que, embora seja próximo do ‘sistema’ seguido na compilação impressa em 1521, apresenta um texto legislativo diferente. Os fragmentos permitiram a reconstituição parcial de três fólios ‘do segundo livro das ordenações’: os fólios 4, 10 e 15 (e respectivos versos)”, explica ainda o comunicado da BNP.
Alves Dias, diretor do Centro de Estudos Históricos (UNL), data esta nova compilação, a partir de agora denominada “o segundo sistema das Ordenações Manuelinas”, de cerca 1517-18. Assim, o sistema de Ordenações que vigorou entre 1521 e 1603, e que ao longo desses anos conheceu diferentes impressões, passa agora a ser denominado ‘terceiro sistema das Ordenações Manuelinas’”.
Fonte: Público